As agências internacionais de crédito auxiliam investidores do mundo todo a compreender e quantificar o risco de determinados ativos, afinal fica difícil mensurar o risco de um país sem conhecer sua realidade econômica e política. Portanto, essas agências caracterizam-se por trazer uma informação especializada e muitas vezes citadas e respeitadas em regulamentos de fundos de investimento e de pensões, além de influenciar toda a opinião quanto à relação risco x retorno de investimento num ativo ou país.
A redução do rating do Brasil, ou o rebaixamento do país para grau de especulação, faz com que investidores estrangeiros exijam taxas de retorno superiores às praticadas anteriormente – isso acaba por exigir lucros maiores de empresas, fundos de investimento, e pagamento de juros mais elevados por parte da dívida pública para captar recursos externos.
O investimento estrangeiro é o valor investido no nosso país que ajuda a gerar retorno para nossa economia, pois financia o setor produtivo, gerando emprego e renda para a população – sem deixar de remunerar o investidor por seu capital.
Sabemos que na busca por lucro superiores, as empresas inicialmente tentam elevar o volume e produzir mais, porém se não houver espaço no mercado para crescimento ou não ser propício para tal, as empresas podem elevar preços ou cortar gastos – o que gera diversos impactos na economia como desemprego, inflação, elevação das taxas de juros, etc.
Com a redução do rating o Brasil pode deixar de ser atrativo ou não atender a requisitos mínimos de alguns fundos e grupos de investidores, portanto, estes poderão ser obrigado a retirar seu capital do país. O impacto disso é na variação cambial, pois haverá retirada de dólar de nossas reservas.
Em geral é apenas mais um indício de que a política econômica e fiscal e sua apresentação no mercado externo está fragilizada e que já não somos tão atrativos para o mercado externo.